29 de abril de 2012

14º Encontro Nacional de Articuladores/as do Grito

Aconteceu nos dias 13 a 15/04, em São Paulo, com a presença de 38 pessoas, vindas dos Estados PR, SP, RJ, ES, MG, DF, MT, MS, BA, PE, PB, CE, PI, MA, AM, RR, PA, no total de 17 Estados. Dia 13/04, Iniciamos, o encontro levantando os gritos espontâneos, submersos e organizados. Um estudo sobre desafios e potencialidades do Grito, que são muito próximos não podendo se distinguir dentre eles: (linguagem criativa,espaço de protagonismo, descentralização, manter processos)a) foco: cidadania, defesa dos direitos, cuidado para que o grito não se perca em um milhão de atividades, não repita o que os outros já fazem. Ter um cuidado com o foco para não dispersar. Parceira só é possível quando se mantem a própria identidade, parceira é respeito; b) Pedagogia: o grito é plural, é democrático, é dinâmico. Deve-se fugir do evento e pensar no processo, fugir da sociedade do espetáculo, o evento não transforma, a semente é que transforma, muda a realidade. c) Rotina, cansaço, repetição, banalização – isso é a morte. Para superar é necessário a criatividade local, regional, o recheio do grito é a criatividade local e assim, fugir da rotina, do mecânico. d) Institucionalização: burocratiza,o grito  vive da militância não com funcionários. e) Mística do grito: a vida em primeiro lugar. A vida com qualidade, (humana e do planeta). Ainda realizamos o Balanço da Conjuntura, ambos com a contribuição do Pe. Alfredo Gonçalves. Dia 14/04, prosseguimos no estudo, com a temática do Estado, origens, estrutura, contribuição Mandela da Cáritas. A tarde realizamos trabalho em grupos respondendo a pergunta de como potencializar o grito, objetivos, eixos, símbolos, pré-gritos, coletiva de imprensa e outros. Dia 15/04, síntese do dia anterior, conclusões e indicativos de trabalho e avaliação final.

Organização – Analogia da Copa;

 a. Arquibancada – tem muita gente na arquibancada da política, como envolver quem está olhando a política de longe e não entra no jogo, como trazer para o campo da política novos personagens, novos e mais protagonistas.

b. Bola – precisamos tomar posse da bola, e como fazer isso? Para tomar posse dessa bola precisamos descer aos porões, fazer missão, ir às periferias, aos grotões, as redes virtuais para atingir uma das camadas mais esquecidas.

c. Driblar – é a força do fraco. Somos um povo dos mais dribladores, driblamos os chefes, a fome, o bispo, o delegado, cardeal,. o drible é a estratégia.O drible é o escracho do Estado, é pulverizar o poder do forte! É entrar com outra gramática, com outra linguagem, com outra pedagogia.

d. Gol – é a meta, é o concreto, são as lutas reais, o grito precisa trazer rebeldia, símbolos, espaços para a indignação, painel da indignação, passeatas,... fazer a festa.

e. Esquema de jogo – contrapõe forças sociais e o neoliberalismo. Identifica quem é o inimigo e quem é o parceiro, e o poder de fogo de cada um. Articulando com parceiros. Organizar as Forças a nosso favor. Fazer memória, fotos, relatórios, campanhas, juntar forças, datas fortes, o jogo exige organização.

f. Defesa/ataque/meio de campo

8 de abril de 2012

Ressuscitou, Aleluia!

Ant. Aleluia, aleluia, aleluia.

Salmo 117(118),1-2.16ab-17.22-23

1Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! *
“Eterna é a sua misericórdia!”
2A casa de Israel agora o diga: *
“Eterna é a sua misericórdia!”

=16A mão direita do Senhor fez maravilhas, †
a mão direita do Senhor me levantou, *
a mão direita do Senhor fez maravilhas!”
17Não morrerei, mas ao contrário, viverei *
para cantar as grandes obras do Senhor!

22“A pedra que os pedreiros rejeitaram, *
tornou-se agora a pedra angular.
23Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: *
Que maravilhas ele fez a nossos olhos!

Ant. Aleluia, aleluia, aleluia.

7 de abril de 2012

Para preparar a Vigilia Pascal


De uma antiga Homilia no grande Sábado Santo

(PG43,439.451.462-463)           (Séc.IV)

A descida do Senhor à mansão dos mortos

Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e
uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e
ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há
séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.

Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão
de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão
ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.

O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa.
Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito
e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E
com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre
os mortos, e Cristo te iluminará.

Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram
de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: ‘Saí!’; e aos
que jaziam nas trevas: ‘Vinde para a luz!’; e aos entorpecidos: ‘Levantai-vos!’

Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos
mortos. Levanta-te dentre os mortos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas
mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te,
saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.

Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de
escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra e fui até mesmo sepultado
debaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre
os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos
judeus e num jardim, crucificado.

Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi, para restituir-te o sopro da vida original. Vê
na minha face as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, tua beleza
corrompida.

Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar de teus ombros o
peso dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti,
como outrora estendeste levianamente as tuas mãos para a árvore do paraíso.

Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao
adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do
sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.

Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te
coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida;
eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te
guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus.

Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, construído o leito
nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os
tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade”.

Com Maria ao encontro do Ressuscitado




Este é o sentido da descida de Jesus ao Hades, a sua morte tornando-se sua vitória. E a luz desta vitória ilumina agora nosso velar junto ao túmulo:

«Ó Vida, como podes morrer?
Como te delongas no túmulo?
Mas é para destruir o poder da morte
e ressuscitar os mortos do inferno.

Tu foste depositado no túmulo, ó Cristo, tu a Vida!
Pela Tua Morte, destruíste o poder da morte,
e para o mundo, Tu fizeste brotar a vida.

Ó que alegria esta!
Ó grande êxtase pelo qual Tu
inundaste os mortos detidos no inferno,
fazendo luzir o lume em suas
profundezas sombrias!»


A vida entra no reino da morte; a luz divina inunda as trevas tenebrosas e ela brilha para todos aqueles que aí habitam, pois o Cristo é a vida de todos, única fonte de toda vida. Ele morre, pois, por todos, porque tudo que atinge sua vida, atinge a própria Vida... a descida ao Hades é o encontro da vida de todos com a morte de todos:

«Tu desceste sobre a terra para salvar Adão
e não o encontrando, ó Mestre,
tu o foste procurar até no Inferno»

A tristeza e alegria se entregam ao combate, e, agora, a alegria está a ponto de ganhá-lo. As estâncias terminaram; o diálogo, o duelo entre a vida e a morte, está no final. E pela primeira vez ecoa o hino de triunfo e de alegria: é o tropário sobre o salmo 118 (EVLOGITARIA) cantado a cada vigília do Domingo, com a aproximação do dia da ressurreição:

«A multidão dos anjos ficou estupefata
vendo-Te contado dentre os mortos, ó Salvador,
enquanto Tu aniquilavas a força da morte
e contigo Tu acordavas Adão
e libertavas todos os homens.

"Por que misturais vossas lágrimas
com a mirra, discípulos?
diziam às miróforas o anjo resplandecente
que se encontrava no túmulo.
Examinai vós mesmas o sepulcro e vede:
o Salvador ressuscitou e saiu do túmulo.»

Em seguida, vem o belo cânon do grande Sábado, no qual todos os temas deste ofício, desde a lamentação funerária até a vitória sobre a morte, são resumidos e aprofundados; o cânon termina com esta exortação:

«Que a Criação esteja na alegria!
Que todos os habitantes da terra se alegrem
pois o inferno inimigo foi despojado.

"Que as mulheres venham com seus perfumes!
Eu liberto Adão, Eva e toda sua raça.
E no terceiro dia, eu ressuscitarei.»


Desde já a alegria pascal ilumina o ofício. Nós estamos ainda diante do Cristo no túmulo, mas este nos foi revelado como o túmulo que dá a vida. Nele jaz a vida. Nele, uma nova Criação nasce e, uma vez ainda, o sétimo dia, o dia do repouso, o Criador descansa de todas as suas obras. 44A vida adormeceu, e o Hades treme" e nós contemplamos este Sabbat abençoado, o repouso solene daquele que nos devolve a vida: "Vinde, contemplemos nossa vida encerrada no túmulo. . ." Todo o sentido e profundidade mística deste sétimo dia, dia de perfeita realização, nos são agora revelados, pois:

«O grande Moisés prefigurou misticamente este dia
quando disse: Deus abençoou o sétimo dia.
Eis o Sabbat bendito, eis o dia do repouso
no qual o Filho único de Deus
descansou de todas suas obras.»

Faz-se, então, a volta à igreja, em procissão, com o Epitáfio, mas não é uma procissão funerária. É o Filho de Deus, o Santo imortal, que atravessa as trevas do Hades, anunciando o "Adão de toda a geração" a alegria da ressurreição que se aproxima; "tal é a luz da manhã que jorra da noite," ele proclama que "todos os mortos ressuscitarão, todos aqueles que jazem nos túmulos viverão e toda a Criação rejubilará..."

Nós voltamos à igreja. Já conhecemos o mistério vivificante da morte do Cristo. O Hades está vencido, o Hades treme. Aparece então, o último tema, o da Ressurreição.

O Sabbat, o Sétimo dia, conclui e completa a história da salvação, sendo seu último episódio a vitória sobre a morte. Mas, após o sabbat, vem o primeiro dia de uma criação nova, a vida nova nascida do túmulo. O tema da ressurreição começa a repicar no prokímenon:


«Levanta-Te, Senhor, vem em nosso auxílio!"
liberta-nos pelo Teu amor,
ó Deus, nós ouvimos com nossos próprios ouvidos...»

Este tema se prolonga na primeira leitura, a da profecia de Ezequiel sobre os ossos descarnados (Cap. 37): "As carcaças eram muito numerosas sob o sol do vale, e estavam completamente descarnadas." É a morte triunfando no mundo, são as trevas, a implacável e universal sentença de morte. Mas Deus fala ao profeta anunciando que tal não é o destino final do homem. Os ossos ressequidos escutarão a Palavra do Senhor e os mortos reviverão: "eis que Eu abrirei vossos túmulos e Eu vos conduzirei sobre o solo de Israel."
Em seguida a esta profecia, o segundo prokímenon retoma a mesma oração, lança o mesmo apelo: "Levanta-Te, Senhor, e liberta-nos por Teu nome!"

Como isto irá acontecer? Como esta ressurreição universal é possível? É a segunda leitura que no-lo diz (l Cor. 5:6 e Gal. 3:13-14): "Um pouco de fermento faz crescer toda a massa. . ." O Cristo, nossa Páscoa, é este o fermento da ressurreição de todos. Como sua morte destrói o princípio mesmo da morte, sua ressurreição é a penhora da ressurreição de todos, pois sua vida é a fonte de toda vida. Os versículos do Aleluia, que são também os que abrirão o ofício da Páscoa, concordam com a resposta final, a certeza que o tempo da nova Criação, aquele do dia sem noite, já começou:


«Aleluia, aleluia, aleluia!
Que Deus se levante e que seus inimigos se dispersem.
E que fujam diante de Sua Face, aqueles que o odeiam!
Aleluia, aleluia, aleluia!

Como se dissipa a fumaça, eles se dissipam;
como a cera funde diante do fogo,
Aleluia, aleluia, aleluia!»


Feliz Páscoa a Tod@s

Paixão na Área Missionária São Raimundo Nonato

Algumas imagens da Paixão do Senhor, um grande sucesso para a juventude da Área Missionária São Raimundo Nonato. A nossa juventude preparando a chegada da grande cruz nos dias 1 a 3 de setembro 2012. Não só exterioridade, mas uma interação entre arte e espiritualidade cristã. Parabéns!

4 de abril de 2012

Diocese de Roraima celebra Missa do Crisma


Trinta e sete padres, missionárias e missionárias e uma numerosa assembleia liturgica abrilhantou ontem a noite a Celebração da Missa do Crisma presidida por Dom Roque Paloschi e concelebrada pelo Cardeal Cláudio Hummes. 
No começo da celebração Dom Roque apresentou os missionários que chegaram de um ano para cá à Diocese. 

Após a proclamação das leituras Dom Roque indicou pediu ao povo de Deus de acompanhar os seus padres com muito amor e carinho. Por sua vez indicou aos padres tres atitudes importantes para o pastoreio a mansidão, a fidelidade e o dom total da vida. 

 
Todos eles precisam serem renovados a cada dia e cada instante em prol do serviço ao Reino de Deus. 



PADRE BINDO MELDOLESI


Faleceu ontem, 03 de abril de 2012, aos 93 anos de idade no hospital de Rivoli, Turim, Itália, o Pe. Bindo Meldolesi. Nascido em Ravenna, Itália  em 20 de dezembro de 1918, foi ordenado padre em 1941, pela diocese de Ravenna. Em 1948 se tornou missionário da Consolata com a profissão religiosa na Certosa de Pesio - Cuneo, sendo enviado ao Rio Branco, hoje Roraima, chegou ao seu destino missionário em fevereiro de 1950, fazendo parte do segundo grupo de missionários e missionárias que chegaram a Roraima.  Com a morte do Pe. Ricardo Silvestri passou a ser dedicar ao encontro com os povos indigenas fundando em outubro de 1965 com o Pe. Calleri a missão Catrimani. De caracter alegre e sempre bem disposto, devido a problemas de saúde, dois anos atrás teve de deixar o seu amado Roraima passando a viver em Alpignano onde conclui  sua longa lavora missionária. Descanse em paz.

3 de abril de 2012

Padres, Missionários e Missionárias preparando a Páscoa


Começou esta tarde na Prelazia com o canto da liturgias das horas o momento de espiritualidade em preparaçao à Páscoa especificamente para Padres, Missionários e Missionárias.



Conosco nestes dias de oração o Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da Comissão da Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Ele veio para conhecer melhor a Amazônia e conosco trabalhar em favor da evangelização neste pedaço de Brasil. 

 Dom Roque, nosso pastor introduziu os trabalhos e apresentou o nosso hospede, Dom Cláudio Hummes. Houve uma boa participaçao de missionários e missionárias. 

 Missionários e Missionárias durante o encontro.