3 de fevereiro de 2010

Muticom: Jovens questionam definição de cultura solidária

Cecília de Paiva*
Jovens de diversos países latino-americanos e caribenhos se reuniram no auditório da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, para debater sobre cultura solidária no Encontro Continental de Jovens, realizado nesta terça-feira, dia 2 de fevereiro. O tema ‘Dialogando e transmitindo cultura solidária' foi conduzido por Pedro Sánchez, Secretário Executivo da Organização Católica Latino-americana e Caribenha de Comunicação - OCLACC, com palestras do jornalista e professor Élson Faxina e do músico uruguaio Daniel Drexler.
Oriundo de uma família de músicos, Drexler defendeu a integração latino-americana por meio da valorização cultural e autoral, sendo necessário diminuir a distância relacional existente entre os países latino-americanos. Para ele, a solução está na música "que é capaz de ligar diversos pontos comuns entre as regiões distintas, a exemplo do sul do Brasil com o Uruguai e a Argentina. Nessa região, já começamos a fazer encontros entre cmúsicos para trocar ideias e formar parcerias entre os autores", disse o músico. De acordo com Drexler, esse formato faz gerar tendências musicais e cultur Debate durante Encontro de Jovens Comunicadoresais, além de redes de trabalho coletivo, "construindo produtos de alta qualidade não somente em relação ao país de origem do autor, mas de toda a América Latina", acredita Drexler.
Para o professor Élson Faxina, o problema está na questão da exploração entre os indivíduos, e que deveríamos provocar mudanças em vez de tirar proveito da sociedade. "Esse é um desafio que nos toca sempre, principalmente aos jovens que anseiam mudanças rápidas e eficazes. Estamos em um momento de revisão da sociedade, e temos muito mais dúvidas que certezas", disse Faxina. Após as propostas da mesa, a plateia apresentou suas considerações, com jovens buscando respostas e ao mesmo tempo apontando soluções relativas ao tema proposto e sobre as significações dos termos debatidos. A jovem peruana Nina, por exemplo, foi incisiva na proposta de reflexão acerca da distinção entre interculturalidade, pluriculturalidade e relações entre as culturas. Para ela, a compreensão facilitaria o intercâmbio de ideias e favoreceria o desenvolvimento econômico.
Outras colocações e experiências foram expostas e comentadas, chegando a conclusão de que é preciso construir um mundo de comunhão, no formato que a humanidade precisa e não de acordo com o capitalismo  ou como a mídia o apresenta.
* Cecília de Paiva, jornalista, revista Missões no Muticom em Porto Alegre.
Fonte: Revista Missões

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