6 de fevereiro de 2010

Porto Alegre acolhe o sexto Mutirão de Comunicação

O auditório da PUC de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, foi o palco da cerimônia de abertura oficial do 6° Mutirão de Comunicação.


"Calar para escutar, para tornar os povos e as culturas protagonistas da comunicação, onde a mídia se faz anúncio apaixonado da palavra e da vida..."

Isso pretende ser o debate sobre os Processos de Comunicação e Cultura Solidária que se desenvolverá em três grandes eixos temáticoe até domingo, dia 7: a) Novos cenários políticos e sociais latino-americanos e os processos de comunicação; b) Economia e comunicação na era digital; c) Comunicação no diálogo das culturas.

Os temas são debatidos em conferências, painéis, seminários, oficinas e mesas-redondas. O primeiro debate acadêmico, em forma de programa televisivo, se deu logo a seguir à cerimônia oficial. Os mediadores do debate foram os jornalistas Lauro Quadros (brasileiro) e Washington Uranga (Argentina), provocando o cubano Ismael Gonzáles, coordenador da Alba Cultural, ex-vice-ministro de Cultura e ex-diretor da RTV cubana, Fernando Checa Montúfar, diretor do CIESPAL - Centro Internacional de Estudos Superiores de Comunicação para a América Latina, Beto Almeida, Jornalista da TV Senado, diretor da Telesur/Brasil, presidente da TV Cidade Livre (canal comunitário de Brasília), articulista do jornal Brasil de Fato, Carlos Augusto dos Santos, Ministro de Comunicação do Paraguai.


Desta primeira conversa, sai com clareza que a democratização da comunicação se dará realmente quando as pessoas serão o sujeito, parte ativa da comunicação, sendo este o meio e o patrimônio da cidadania. A própria tecnológia, apresentada muitas vezes como garantia para a democratização, embora positiva, não é garantia para a mesma se não for acompanhada de expressões culturais e da ação dos movimentos sociais que focalizem o humano, o solidário e o social. Eis porque a comunicação não pode ser apenas um aglomerado de dados, de estatísticas, mas um escutar e deixar falar a realidade, onde o próprio comunicador não é o ator principal, mas o instrumento que facilita, que canaliza a informação transmitindo e veiculando a riqueza das culturas e suas expressões, ideias, e vida dos povos.


Padre Gianfranco Graziola

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